20091211

Luxor, Egipto A felicidade trespassou o sujeito com tal intensidade que este correu a suicidar-se, consciente de que tinha atingido o pico da sua existência como técnico de ortodontia e que momento como este não teria igual. Convêm no entanto frisar que o dito sujeito, a quem chamaremos anonimamente doutor Rosmaninho Pantaleão para tornar as coisas mais credíveis, não se encontrava nesse preciso instante de exultação no exercício das suas funções odontológicas mas sim a casear a sua bata de substituição. Ironia do destino, que é useiro e vezeiro nestas figuras, dois minutos e meio depois do doutor Rosmaninho Pantaleão ter revirado os olhos em virtude de um auto-estrangulamento por fio eléctrico, mesmo antes de qualquer carpideira da zona lhe vir pelas brocas de diamante, um novo e extraordinariamente mais intenso momento de felicidade atingiu o seu corpo inerte, entrando pela virilha e saindo pelo sovaco esquerdo, deixando o característico odor almiscarado. Agora podemos apenas especular sobre os níveis de enfado do falecido doutor Rosmaninho Pantaleão por não ter adiado alguns minutos a sua irreparável decisão e pôr assim em risco a beatitude do seu eterno descanso.

1 comentário:

Anónimo disse...

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