20100206

Tóquio, Japão Novelo em punho, entro no labirinto de ideias-não-concebidas. Demasiado tarde percebo que devia ter deixado uma ponta de fio presa à realidade. Olho para a emaranhada felpuda, e noto um esgar sarcástico. Ainda tento domesticá-la, tricotando um mapa, mas os dedos picam-me como agulhas. Irritado, desenrolo o fio matreiro em forma de palavras acesas que, de tão rubras, rapidamente se transformam num rastilho a chispar na minha cauda. Só de pensar na bomba de coisas ensarilhadas que tenho entre mãos, desato a escrever uma saída.

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