20160908

Phnom Bokor, Cambodja

"Está gente!", ouviu-se do interior. Mas ninguém batia à porta. "Gente!", repetiu. De novo, nada solicitado. Mesmo assim a porta abriu-se, generosa, e encontrou o pátio vazio. E um pátio enorme, registe-se. Daqueles onde tanto se pode encontrar um grupo de caminhantes felizes a pousar a fadiga, como uma família numerosa a jogar cumplicidades. Um espaço amplo de ar, puro de intenções, bem marcado por emoções cáusticas e devotas, horas de apatia e segundos sentidos. Curiosamente, como quando somos pequenos e tudo parece descomunal, relação que se inverte com o crescimento, também aquele pátio parecia agora bem menor, assim cheio de nada. Quase apertado. Mais oco que vazio, até. Viam-se com nitidez os seus limites, onde antes o olhar se perdia... É melhor varrer as folhas!

1 comentário:

Delfim Loureiro disse...

Vejo com nitidez os limites do horizonte...do tempo!!